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Maria José Dupré: Éramos seis (1943)

Eramos seis!. Sra. Leandro Dupré. Companhia Editora Nacional (São Paulo-SP). 1943-1944 (1ª e 2ª edição). Capa de Dorca. Prefácio de Monteiro Lobato.
Éramos seis é um romance da escritora brasileira Maria José Dupré, publicado originalmente no Brasil em 1943 pela Companhia Editora Nacional. Em sua primeira edição o título do livro foi gravado como Eramos seis! e até a segunda metade da década de 1960 Maria José Dupré utilizou o pseudônimo Sra. Leandro Dupré nas edições da obra. Do gênero "narrativa de memórias", o livro foi o segundo romance publicado pela autora e é considerado seu maior sucesso literário. Direcionado inicialmente ao público adulto, o livro passou a ser lido por muitos jovens na faixa de 13 ou 14 anos a partir da década de 1970, quando a editora Ática passou a publicá-lo na consagrada coleção Vaga-Lume. O livro teve uma sequência, Dona Lola, publicado em 1949. | Álbum de Capas da Autora |

Uma manhã ensolarada na capital paulista, no começo da década de 1940. Dia banal, como outro qualquer, mas não para D. Lola: ela observa, pelo lado de fora, a casa onde morou durante anos com sua família e que já não é mais sua. Quem habitará esse espaço agora? Como estarão os cômodos, outrora velhos conhecidos? Seus devaneios reacendem episódios que ela guarda como relíquias. Emolduradas por fatos históricos que pontuaram as primeiras décadas do século XX, essas memórias que evocam os sacrifícios e as conquistas passados ao lado do marido e dos filhos. Uma narrativa comovente que aviva nos leitores o valor dos momentos transitórias da vida. [fonte: contracapa da edição de 2012, Ática] Coragem, perseverança e união. Serão esses os segredos que permitem àquela família enfrentar todos os desafios que a vida lhe impõe? Para seu Júlio, dona Lola, tão fundamental quanto o sonho da casa própria era a educação de seus filhos - Julinho, Carlos, Isabel e Alfredo. Prepare-se para uma viagem ao passado, assistindo às revoluções paulistas de 1924 e 1932 e acompanhando o dia-a-dia dessa família que vem emocionado várias gerações de leitores, com suas alegrias, tristezas, amores, problemas e soluções. A vida é uma aventura quando tem como personagens gente como a gente. [fonte: contracapa da edição de 1999, Ática]



Éramos seis. Maria José Dupré. Editora Ática (São Paulo-SP). 2012-atualmente (43ª edição). ISBN: 978-85-08-15827-0 (aluno), 978-85-08-15828-7 (professor) e 978-85-08-16228-4 (e-book). Capa de Elisa von Randow, com imagem de Kiko Ferrite. Sem ilustrações internas. Prefácio de Os Editores (Memórias sinceras, histórias humanas). Éramos seis. Maria José Dupré. Editora Ática (São Paulo-SP). 2012-atualmente (43ª edição). ISBN: 978-85-08-15827-0 (aluno), 978-85-08-15828-7 (professor) e 978-85-08-16228-4 (e-book). Contracapa.
Éramos seis. Maria José Dupré. Editora Ática (São Paulo-SP). 2012-atualmente (43ª edição). ISBN: 978-85-08-15827-0 (aluno), 978-85-08-15828-7 (professor) e 978-85-08-16228-4 (e-book). Capa de Elisa von Randow, com imagem de Kiko Ferrite. Sem ilustrações internas. Prefácio de Os Editores (Memórias sinceras, histórias humanas). 

Éramos seis. Maria José Dupré. Editora Ática (São Paulo-SP). Coleção Vaga-Lume. 2010-2011 (42ª edição). ISBN: 978-85-08-13611-7 (aluno) e 978-85-08-13612-4 (professor). Capa de Terezinha Bissoto (ilustração) e Ary Almeida Normanha (leiaute). Ilustrações de Terezinha Bissoto.Éramos seis. Maria José Dupré. Editora Ática (São Paulo-SP). Coleção Vaga-Lume. 2010-2011 (42ª edição). ISBN: 978-85-08-13611-7 (aluno) e 978-85-08-13612-4 (professor). Contracapa.
Éramos seis. Maria José Dupré. Editora Ática (São Paulo-SP). Coleção Vaga-Lume. 2010-2011 (42ª edição). ISBN: 978-85-08-13611-7 (aluno) e 978-85-08-13612-4 (professor). Capa de Terezinha Bissoto (ilustração) e Ary Almeida Normanha (leiaute). Ilustrações de Terezinha Bissoto. [+Capas: Série Vaga-Lume]

Éramos seis. Maria José Dupré. Editora Ática (São Paulo-SP). Coleção Vaga-Lume. 1999-2009 (40ª e 41ª edição). ISBN: 85-08-00100-2 e 978-85-08-00100-2 (a partir de 2008). Capa de Terezinha Bissoto (ilustração) e Ary Almeida Normanha (leiaute). Ilustrações de Terezinha Bissoto. Éramos seis. Maria José Dupré. Editora Ática (São Paulo-SP). Coleção Vaga-Lume. 1999-2009 (40ª e 41ª edição). ISBN: 85-08-00100-2 e 978-85-08-00100-2 (a partir de 2008). Contracapa.
Éramos seis. Maria José Dupré. Editora Ática (São Paulo-SP). Coleção Vaga-Lume. 1999-2009 (40ª e 41ª edição). ISBN: 85-08-00100-2 e 978-85-08-00100-2 (a partir de 2008). Capa de Terezinha Bissoto (ilustração) e Ary Almeida Normanha (leiaute). Ilustrações de Terezinha Bissoto. 

Éramos seis. Maria José Dupré. Editora Círculo do Livro (São Paulo-SP). 1995 / 1998. ISBN: 85-332-0649-6.
Éramos seis. Maria José Dupré. Editora Círculo do Livro (São Paulo-SP). 1995 / 1998. ISBN: 85-332-0649-6.

Éramos seis. Maria José Dupré. Editora Ática (São Paulo-SP). Coleção Vaga-Lume. 1993-1995 (34ª a 39ª edição). ISBN: 85-08-00100-2. Capa de Terezinha Bissoto (ilustração) e Ary Almeida Normanha (leiaute). Ilustrações de Terezinha Bissoto.  Éramos seis. Maria José Dupré. Editora Ática (São Paulo-SP). Coleção Vaga-Lume. 1994. Contracapa.
Éramos seis. Maria José Dupré. Editora Ática (São Paulo-SP). Coleção Vaga-Lume. 1993-1995 (34ª a 39ª edição). ISBN: 85-08-00100-2. Capa de Terezinha Bissoto (ilustração) e Ary Almeida Normanha (leiaute). Ilustrações de Terezinha Bissoto. 

Éramos seis. Maria José Dupré. Editora Clube do Livro (São Paulo-SP). 1985.Éramos seis. Maria José Dupré. Editora Clube do Livro (São Paulo-SP). 1985. Contracapa.
Éramos seis. Maria José Dupré. Editora Clube do Livro (São Paulo-SP). 1985.

Éramos seis. Maria José Dupré. Editora Bels (Porto Alegre-RS). Coleção Grandes Novelas da TV. 1977. Capa com imagem dos atores Nicette Bruno e Gianfrancesco Guarnieri em caracterização de personagens (Dona Lola e Seu Júlio) da telenovela Éramos seis, exibida no Brasil pela Rede Tupi entre junho e dezembro de 1977. Contém outras imagens de cenas da telenovela nas páginas internas.
Éramos seis. Maria José Dupré. Editora Bels (Porto Alegre-RS). Coleção Grandes Novelas da TV. 1977. Capa com imagem dos atores Nicette Bruno e Gianfrancesco Guarnieri em caracterização de personagens (Dona Lola e Seu Júlio) da telenovela Éramos seis, exibida no Brasil pela Rede Tupi entre junho e dezembro de 1977. Contém outras imagens de cenas da telenovela nas páginas internas. [+Capas: Grandes Novelas da TV]

[CAPA NÃO ENCONTRADA: possivelmente a mesma da edição de 1995]
Éramos seis. Maria José Dupré. Editora Círculo do Livro. 1975.

Éramos seis. Maria José Dupré. Editora Ática (São Paulo-SP). Coleção Vaga-Lume. 1973-1991 (18ª a 33ª edição). Capa de Terezinha Bissoto (ilustração) e Ary Almeida Normanha (leiaute). Ilustrações de Terezinha Bissoto.Éramos seis. Maria José Dupré. Editora Ática (São Paulo-SP). Coleção Vaga-Lume. 1973-1991 (18ª a 33ª edição). Contracapa.
Éramos seis. Maria José Dupré. Editora Ática (São Paulo-SP). Coleção Vaga-Lume. 1973-1991 (18ª a 33ª edição). Capa de Terezinha Bissoto (ilustração) e Ary Almeida Normanha (leiaute). Ilustrações de Terezinha Bissoto. [Nota: A contracapa mostrada é da edição de 1973. Com o decorrer dos anos, as contracapas foram sendo modificadas, e algumas delas podem ser conferidas mais abaixo.]

Éramos seis. Maria José Dupré. Editora Ática (São Paulo-SP). Coleção Bom Livro. 1972. Capa de Eugênio Colonnesse.Éramos seis. Maria José Dupré. Editora Ática (São Paulo-SP). Coleção Bom Livro. 1972. Contracapa.
Éramos seis. Maria José Dupré. Editora Ática (São Paulo-SP). Coleção Bom Livro. 1972. Capa de Eugênio Colonnesse. [+Capas: Série Bom Livro]

Éramos seis!. Maria José Dupré. Edição Saraiva (São Paulo-SP). 1966-1968 (12ª a 14ª edição). Capa de Nico Rosso. Prefácio de Monteiro Lobato.
Éramos seis!. Maria José Dupré. Edição Saraiva (São Paulo-SP). 1966-1968 (12ª a 14ª edição). Capa de Nico Rosso. Prefácio de Monteiro Lobato.

Éramos seis. Sra. Leandro Dupré. Edição Saraiva (São Paulo-SP). Coleção Saraiva, em dois volumes (nº 141 e 142). Março de 1960 (volume 141) e Abril de 1960 (volume 142). Capa de Nico Rosso. Éramos seis. Sra. Leandro Dupré. Edição Saraiva (São Paulo-SP). Coleção Saraiva, em dois volumes (nº 141 e 142). Março de 1960 (volume 141) e Abril de 1960 (volume 142). Contracapa de Nico Rosso.
Éramos seis. Sra. Leandro Dupré. Edição Saraiva (São Paulo-SP). Coleção Saraiva, em dois volumes (nº 141 e 142). Março de 1960 (volume 141) e Abril de 1960 (volume 142). Capa e contracapa de Nico Rosso. [+Capas: Coleção Saraiva]

Éramos seis!. Sra. Leandro Dupré. Edição Saraiva (São Paulo-SP). 1957-1964 (10ª e 11ª edição). Capa de Nico Rosso. Prefácio de Monteiro Lobato.Éramos seis!. Sra. Leandro Dupré. Edição Saraiva (São Paulo-SP). 1957-1964 (10ª e 11ª edição). Contracapa.
Éramos seis!. Sra. Leandro Dupré. Edição Saraiva (São Paulo-SP). 1957-1964 (10ª e 11ª edição). Capa de Nico Rosso. Prefácio de Monteiro Lobato.

Eramos seis!. Sra. Leandro Dupré. Editora Brasiliense (São Paulo-SP). 1953 (8ª edição). Capa de Dorca. Prefácio de Monteiro Lobato.
Eramos seis!. Sra. Leandro Dupré. Editora Brasiliense (São Paulo-SP). 1953 (8ª edição). Capa de Dorca. Prefácio de Monteiro Lobato.

Eramos seis!. Sra. Leandro Dupré. Editora Brasiliense (São Paulo-SP). 1945 (3ª a 6ª edição). Capa de Dorca. Prefácio de Monteiro Lobato.
Eramos seis!. Sra. Leandro Dupré. Editora Brasiliense (São Paulo-SP). 1945 (3ª a 6ª edição). Capa de Dorca. Prefácio de Monteiro Lobato.

Eramos seis!. Sra. Leandro Dupré. Companhia Editora Nacional (São Paulo-SP). 1943-1944 (1ª e 2ª edição). Capa de Dorca. Prefácio de Monteiro Lobato.
Eramos seis!. Sra. Leandro Dupré. Companhia Editora Nacional (São Paulo-SP). 1943-1944 (1ª e 2ª edição). Capa de Dorca. Prefácio de Monteiro Lobato.

Extra: Algumas contracapas da Série Vaga-Lume, entre 1973 e 1993:

Éramos seis. Maria José Dupré. Editora Ática (São Paulo-SP). Coleção Vaga-Lume. 1973. Contracapa. Éramos seis. Maria José Dupré. Editora Ática (São Paulo-SP). Coleção Vaga-Lume. 1977. Contracapa. Éramos seis. Maria José Dupré. Editora Ática (São Paulo-SP). Coleção Vaga-Lume. 1979. Contracapa.
1973 / 1977 / 1979

Éramos seis. Maria José Dupré. Editora Ática (São Paulo-SP). Coleção Vaga-Lume. 1986. Contracapa.Éramos seis. Maria José Dupré. Editora Ática (São Paulo-SP). Coleção Vaga-Lume. 1989. Contracapa.Éramos seis. Maria José Dupré. Editora Ática (São Paulo-SP). Coleção Vaga-Lume. 1993. Contracapa.
1986 / 1989 / 1993

Outras informações:

Sobre Éramos seis, Maria José Dupré escreveu em sua autobiografia (Os caminhos, 1969): Eu já estava escrevendo meu segundo livro: “Éramos Seis”. Eu pensava nas mulheres que ficavam viúvas, com encargos pesados para criar os filhos pequenos, sem dinheiro, sem futuro. Lembrava das noites insones que passavam, nas dificuldades que sentiam para que os filhos não interrompessem os estudos (...) Terminado o livro, pensei: que banalidade, que cotidiano sem ação. Disse a Leandro que iria jogar as páginas no fogo, mas ele não permitiu. “— Não, você não vai fazer isso...”

Personagens: dona Lola (Eleonora), seu Júlio (o marido), Carlos ("Calucho", o filho mais velho), Alfredo (o filho do meio), Isabel (a filha), Julinho (o filho caçula), Durvalina (a empregada), a mãe de Lola, Clotilde (uma irmã), Olga (outa irmã), Emília (uma tia paterna, rica), Candoca (uma tia materna), Elvira (outra tia paterna, pobre), mãe de Júlio, Maria (a irmã de Júlio), Inácio (o tio de Júlio), Zeca (o namorado e posteriormente marido de Olga), Adelaide (uma filha de Emília), Justina (outra filha de Emília), Laura (uma neta de Emília), Mocinha (a filha de Candoca), Nélson (o marido de Mocinha), Benedita (a cozinheira de Candoca), Vira-Mundo (um amigo de infância de Alfredo), Raio Negro (outro amigo de infância de Alfredo), dona Genú (a vizinha), Joca (uma filha de Genú), Lili (outra filha de Genú), Leonor (outra filha de Genú), Barbosa (o patrão de Júlio), Felício (o namorado e posteriormente marido de Isabel), o patrão de Julinho (irmão de Barbosa), dona Júlia (a esposa do patrão de Julinho), Maria Laura (a filha do patrão de Julinho, namorada e posteriormente esposa de Julinho), dona Carola (uma vizinha de Clotilde), Caçarola (gato de Isabel), Pirata (a cadela de Candoca), Mulata (o papagaio de Candoca), Esmeralda (a cabrita de Candoca) além de muitos outros que são apenas citados em conversas dos personagens.

Locais: A narrativa se passa na cidade de São Paulo (estado de São Paulo). Dona Lola mora em uma casa na Avenida Angélica (bairro de Higienópolis). Sua tia rica, Emília, mora em um palacete na Rua Guaianases (bairro dos Campos Elíseos). A família de Lola (mãe e irmãs) vive na cidade de Itapetininga (estado de São Paulo), onde Lola e seus filhos vão passar alguns dias de férias. É citado que a família de Júlio (mãe e irmã) vive na cidade de Belo Horizonte (estado de Minas Gerais). Julinho vai viver na cidade do Rio de Janeiro (estado do Rio de Janeiro) após seu casamento.

Prêmios: Ganhador do Prêmio Raul Pompéia, em 1944, da Academia Brasileira de Letras (ABL).

Temas: o cotidiano familiar brasileiro nas décadas de 1920 e 1930, as diferenças sociais entre as classes alta (elite paulistana) e as classes média e baixa, a indissolubilidade do casamento e a polêmica sobre relacionamentos com pessoas desquitadas (o divórcio só viria a ser regulamentado no Brasil em 1977), a dura realidade da criação e educação de filhos, o uso de grosseria na comunicação familiar, o crescimento urbano acelerado da cidade de São Paulo, o início da autonomia feminina (trabalho fora de casa), a proliferação de grupos comunistas no Brasil e a perseguição governamental ao mesmos, entre outros. Por se passar na cidade de São Paulo entre 1914 e 1942, a narrativa aborda também dois fatos históricos ocorridos na cidade e que influenciou a vida dos personagens: a Revolta Paulista de 1924 e a Revolução Constitucionalista de 1932 (que deu origem ao feriado de 9 de julho no estado de São Paulo, e que nomeia algumas ruas e avenidas no estado). 

Edições: 1ª (1943), 2ª (1944), 3ª (1945), 4ª (1945), 5ª (1945), 6ª (1945), 7ª (1946), 8ª (1953), 9ª (), 10ª (1957), 11ª (1964), 12ª (1966), 13ª (1967), 14ª (1968), 15ª (), 16ª (), 17ª (1972), 18ª (1973), 19ª (), 20ª (), 21ª (1977), 22ª (1977), 23ª (1978), 24ª (1979), 25ª (1982), 26ª (1983), 27ª (1984), 28ª (1985), 29ª (1986), 30ª (1987), 31ª (1989), 32ª (1990), 33ª (1991), 34ª (1993), 35ª (1994), 36ª (1994), 37ª (1994), 38ª (1994), 39ª (1995), 40ª (1999), 41ª (2000-2009), 42ª (2010), 43ª (2012-atualmente).

Adaptação cinematográficas: Eramos seis (1945, filme argentino).

Adaptações televisivas: Eramos seis! (1958, telenovela brasileira, TV Record), Eramos seis (1960, telenovela brasileira, TV Itacolomi), Éramos seis (1967, telenovela brasileira, TV Tupi), Éramos seis (1977, telenovela brasileira, Rede Tupi), Éramos seis (1994, telenovela brasileira, SBT), Éramos seis (2019-2020, telenovela brasileira, Rede Globo).

Adaptações radiofônicas: Eramos seis (1945, radionovela brasileira, Rádio Tupi).

Adaptações em quadrinhos (HQ): Eramos seis! (1956, revista em quadrinhos, Edição Maravilhosa Nº 128, Editora Ebal).

Adaptações em áudio ("audio-books"): Éramos seis (2009, Fundação Dorina Nowill para Cegos, narração de Carlos Campanile).

Traduções para outros idiomas: O livro foi traduzido para o espanhol, francês e sueco - Eramos seis (Argentina, 1945), Vi sex (Suécia, 1947), Nous étions six (França, 1949). Nota: Éramos seis foi o primeiro romance brasileiro traduzido para o sueco.

Éramos seis. Maria José Dupré. Editora Ática (São Paulo-SP). Coleção Vaga-Lume. 1983. Orelha.
Orelha: Na década de 1980, a série Vaga-Lume trazia uma sinopse do livro no formato de histórias em quadrinhos na orelha do livro através do personagem Luminoso, o mascote da coleção. Tais quadrinhos eram assinados (texto e ilustração) por Edu (Eduardo Carlos Pereira): "Oi, bicho! Aí vai a história de mamãe Lola, uma história de gente como a gente. Tem o Julinho, que um dia inventou de soltar os cachorros da carrocinha. Tem o Alfredo, brigão desde criança, que acaba indo pra guerra. Tem a Isabel, com seu namoro contrariado, tem... Ah, vou parar por aqui. O resto você vai saber lendo o livro. Tchau!"

Edições em quadrinhos (HQ)

Eramos seis!. História em quadrinhos baseada no romance brasileiro da Sra. Leandro Dupré. Edição Maravilhosa (revista), Nº 128. Julho de 1956. Editora Ebal (Editora Brasil América Ltda). Capa de André Le Blanc. Ilustrações de André Le Blanc.
Eramos seis!. História em quadrinhos baseada no romance brasileiro da Sra. Leandro Dupré. Edição Maravilhosa (revista), Nº 128. Julho de 1956. Editora Ebal (Editora Brasil América Ltda). Capa de André Le Blanc. Ilustrações de André Le Blanc. 

Edições Internacionais:

Nous étions six. Léandro Dupré. Éditions de la Paix (Paris, França). 1949. Tradução de Claude Le Lorrain. Prefácio de Monteiro Lobato.
Nous étions six. Léandro Dupré. Éditions de la Paix (Paris, França). 1949. Tradução de Claude Le Lorrain. Prefácio de Monteiro Lobato.

Vi sex. Fru Leandro Dupré. Diakonistyr (Estocolmo, Suécia). 1947. Tradução de Fritjof Detthow.
Vi sex. Fru Leandro Dupré. Diakonistyr (Estocolmo, Suécia). 1947. Tradução de Fritjof Detthow.

Eramos seis. Maria Jose Dupre. Editorial Americalee (Buenos Aires, Argentina).  possivelmente década de 1960. Tradução de Julia Rodríguez. Prefácio de Monteiro Lobato.
Eramos seis. Maria Jose Dupre. Editorial Americalee (Buenos Aires, Argentina).  possivelmente década de 1960. Tradução de Julia Rodríguez. Prefácio de Monteiro Lobato.

Resenha (por Daniel Medeiros Padovani): ATENÇÃO!!! CONTÉM SPOILER: Éramos seis é a história de luta e perseverança de uma família, que com coragem enfrentam os problemas do dia a dia e sobrevivem em meio às dificuldades econômicas. Os acontecimentos que se sucedem são narrados por Eleonora, a Dona Lola, uma bondosa e batalhadora mulher que faz de tudo pela felicidade do marido, Júlio, vendedor numa loja de tecidos, e dos quatro filhos do casal: Carlos (o Calucho), Alfredo, Julinho e Maria Isabel. A casa da família, situada na Avenida Angélica, em São Paulo, é o cenário das alegrias e tristezas dessa família que se parece com muitas famílias brasileiras. Na casa ainda vivem a empregada Durvalina e o gato de Isabel, Caçarola. Dona Lola narra sua história desde a infância de seus amados filhos, numa época que Júlio trabalhava arduamente para pagar as prestações da casa, até chegar à idade adulta dos mesmos e os caminhos tomados por cada um. São 28 anos de narrativa, que se inicia por volta de 1914 e se entende até 1942. A família de Dona Lola, formada por sua mãe e as irmãs Clotilde e Olga, vive na cidade de Itapetininga, onde, em certo momento da narrativa, Lola e seus filhos vão passar alguns dias de férias. Na cidade ainda vivem Tia Candoca (irmã da mãe de Lola), com sua filha Mocinha, o genro Nelson e seus animais de estimação (sua cadela Pirata, seu papagaio Mulata e a cabritinha Esmeralda), além da fofoqueira Dona Carola e Zeca, o jovem rapaz que casaria com Olga anos depois (e lhe daria cinco filhos!). Dona Lola também tem uma tia rica em São Paulo, Emília, irmã de seu pai, já falecido, uma senhora fanática pelas árvores genealógicas das famílias paulistanas, e que vive com as filhas Adelaide e Justina (que falece logo no começo do livro) num lindo palacete na Rua Guaianases. É nesse palacete que ocorre o casamento de Laura, sua neta, e colocam em contato Dona Lola e Júlio ao luxo das famílias ricas de São Paulo. Entre os convidados estão Tia Elvira, outra irmã do pai de Lola. Da família de Júlio, só são mencionadas no livro sua mãe e sua irmã Maria, moradoras de Belo Horizonte, que passam alguns dias na casa de Júlio, e o Tio Inácio. De Itapetinga são enviados regularmente para Dona Lola e sua família tijolos de doces, já que sua mãe e suas irmãs são doceiras. É através desses tijolos que Dona Lola nota a diminuição de sua família, já que o número de tijolos enviados inicialmente era um para cada pessoa do grupo familiar, ou seja, seis, e vai diminuindo com o tempo conforme seus filhos vão tomando seu rumo na vida: seu marido morre cedo devido a problema de saúde; seu rebelde filho Alfredo some pelo mundo; sua caçula Isabel casa-se com Felício, que para desgosto de Dona Lola é um homem desquitado, algo polêmico e inaceitável na época; Julinho começa a trabalhar na mesma loja em que seu pai trabalhava, mas posteriormente é transferido para uma filial na cidade do Rio de Janeiro, onde se casa com Maria Laura, filha de seu patrão. Para entrar em sociedade com o sogro na loja, Julinho consegue convencer Dona Lola à vender sua amada residência da Avenida Angélica. No final, sobram apenas Dona Lola e o amoroso filho mais velho, Carlos. Mas até mesmo esse último refrigério é tirado de Lola, já que seu amado filho morre vítima de uma doença estomacal, a mesma que matou seu pai anos antes. À Dona Lola só resta as lembranças de uma vida dedicada ao marido e aos filhos, enquanto envelhece sozinha num pequeno quarto do convento das Irmãs Esperança, na rua Consolação, que lhe permite ainda frequentar o Teatro Municipal. Lembranças das repreensões ao seu arteiro filho Alfredo, quando aprontava com os também bagunceiros Vira-Mundo e Raio Negro. Lembranças das conversas com a vizinha Dona Genú, que amava funerais. Lembranças das brincadeiras de seus filhos com as filhas de Dona Genú: Joca, Lili e Leonor. Lembranças... Lembranças de um tempo que "éramos seis". Trecho extraído do último capítulo do livro: "No meu último aniversário, recebi um pacote de minha irmã vindo de Itapetininga; abri com curiosidade. Havia "uma" caixa de figos cristalizados, "uma" lata de goiabada em calda e "um" tijolo de pessegada. Apenas.

3 comentários:

  1. Um dos melhores romances já escrito, da literatura brasileira. Parabéns Sra. Leandro Dupré. Li o livro em um dia de leitura, tal era a ansiedade. E já reli outras vezes mais. Além de assistir as duas últimas versões pra a TV e suas reprises.

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  2. Inesquecivel na minha vida!!.Um dos meus romances favoritos !! Lí e relí várias vezes!! . A primeira vez que lí ainda era adolecente em 1972. Chorei praticamente durante toda a emocionante saga dessa familia, contada por dona Lola relembrando o seu passado onde eram seis e passou a ser apenas uma (ela)... triste e emocionante!! Jamais esquecerei essa romance !! Ví também nas versões para TV.!! ¨Éramos seis¨... faz parte da minha vida !!
    IMPERDÍVEL !!

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