Fichamento por: Daniel Medeiros Padovani, 08/03/2014.
Cabra das Rocas é um romance do escritor brasileiro Homero Homem, publicado originalmente no Brasil em 1966 pela editora Tempo Brasileiro. Em 1973, o livro foi republicado como novela juvenil pela editora Ática. | Álbum de Capas do Autor |
A trajetória e a determinação de Joãozinho – menino pobre, morador de região humilde da cidade – até sua entrada no disputadíssimo Ateneu. [fonte: Editora Ática] Quem é que não quer melhorar na vida? Joãozinho sonha com isso, deseja estudar e sair das Rocas da Frente para escapar da pobreza. Seu Geraldo, o farmacêutico, está decidido a ajudá-lo. Mas, para chegar aonde quer, tem de enfrentar um inimigo terrível: o preconceito social. Sem falar na luta com o abusado Budião, que não é de levar desaforo para casa. Uma firme determinação é o único aliado com que Joãozinho poder verdadeiramente contar quando as coisas se complicarem. E elas se complicam... Venha conhecer esse cabra das Rocas: você vai ver do que um menino pode ser capaz. [fonte: contracapa da edição de 1999]
Cabra das Rocas | Homero Homem | Editora: Ática | Coleção: Vaga-Lume | 2007 | 2011 - 2013 | ISBN: 978-85-08-000673-1 | Capa: Edmundo Rodrigues (ilustração) | Capa: Ary Almeida Normanha (leiaute) | Ilustrações: Edmundo Rodrigues | Álbum de Capas da Coleção |
Edições: | 14ª (1999-2006) |
Edições: | 11ª (1993) | 12ª (1994) | 13ª (1996) |
Cabra das Rocas | Homero Homem | Editora: Ática | Coleção: Vaga-Lume | 1973 - 1992 | ISBN: 85-08-00095-2 | Capa: Edmundo Rodrigues (ilustração) | Capa: Ary Almeida Normanha (leiaute) | Ilustrações: Edmundo Rodrigues | Conteúdo Adicional: Dados Biográficos | Conteúdo Adicional: Suplemento de Trabalho (por Jiro Takahashi) | Álbum de Capas da Coleção |
Nota: A contracapa acima é da edição de 1980.
Edições: | 2ª (1973) | 3ª (1975) | 4ª (1976) | 5ª (1977) | 6ª (1979) | 7ª (1980) | 8ª (1982) | 9ª (1986) | 10ª (1988) |
Edições: | 1ª (1966) |
Outras informações:
Personagens: | "Joãozinho" (João Brás Bicudo) | Antônio Brás "Mestre Brás" (pai de João) | dona Laura (madrasta de João) | seu Geraldo (farmacêutico) | "Budião" (amigo de João) | Dora "Magricela" (amiga de João) | "Varapau" (amigo de João) | "Tatu" (amigo de João) | Jorge "Porco-Espinho" (amigo de João) | Maria (nome de quatro amigas de João) | Eunice (amiga de João) | seu Quinquim (barbeiro) | tia de Porco-Espinho | avó de Porco-Espinho | Severina (cozinheira da tia de Porco-Espinho, Severina Isabel dos Santos da Costa Pereira Barandão) | dona Eulália (vizinha da farmácia) | Papa-Ovo (cachorro de João) | seu "Zuza" (pai de Tatu) | dona Tina (madrasta de Tatu) | Felisberto (vizinho de seu Zuza) | seu Manuel Arrais (morador de Rocas) | "Zé Quentro" (morador de Rocas) | seu Euclides (bodegueiro) | Donana (esposa de seu Euclides) | "Cutruca" (cliente de seu Euclides) | dona Clara dos Santos (vizinha de mestre Brás) | "Léia" (filha de dona Clara) | "Neneco" (filho de dona Clara) | João Tinguá (marido de dona Clara) | dona Mariana (vizinha de dona Clara) | "Zefinha" (prima de dona Laura) | "Zefa da Mochila" (carnavalesca) | "Cego Macário" (tocador de fole) | Flodoaldo (barraqueiro) | dona Águeda (vizinha de Mestre Brás) | soldados | carnavalescos | "Jovem Artista" (artista do circo) | Maura (artista do circo) | "Tenente Donato" (artista do circo) | Pasqualini (fundador do circo) | Eugênio "Homem Voador" (artista do circo) | Roberto (artista do circo) | "Madame Xu-Fu" (artista do circo) | "Zé Cearense" (artista do circo) | "Irmãs Patativas" (artistas do circo) | seu "Dão" (artista do circo) | "Mosquito Elétrico" (artista do circo) | Sabiá (palhaço do circo) | seu Gonzaga (artista do circo) | Tamara (bailarina do circo) | "Totonho Perna-Seca" (personagem de conto urbano) | cabo "Prego" (personagem de conto urbano) | amanuense do colégio | membros da banca examinadora do colégio | doutor Sigaud | "Chamirranha" (bedel do colégio) | sagui (macaco de Zé Quentro) |
Locais: | Brasil (país) | Rio Grande do Norte (estado) | Natal (cidade) | Rocas da Frente (bairro) | Rocas de Dentro (bairro) | Cidade Alta (bairro) | Cidade Baixa (bairro) | Praia do Meio (bairro) | Ribeira (bairro) | Alecrim (bairro) | Alto do Juruá (bairro) | Areia Branca (bairro) | Macau (bairro) | Ateneu Norte-Rio-Grandense (colégio) | São Jorge (rua) | casa de Mestre Brás | venda do seu Euclides | Potengi (rio) | porto | mangue | feira do Alecrim | feira das Rocas | salinas de Areia Branca | Aeroclube (clube de aviação) | Tavares Lira (cais) | Fekete (circo) | Cine Politeama (cinema) | Pensão dos Lordes (pensão) | Casa Pernambucana da Ribeira (loja) | Rio Tinto (rua) | Areal (rua) | Dentão (rua) | poço do Dentão | Redinha (praia) | Jardim do Seridó (cidade) | Canto do Mangue (cais/mercado) |
Apesar da primeira edição de Cabra das Rocas ter sido publicada em 1966 pela editora Tempo Brasileiro, a novela já havia aparecido em uma antologia de contos do autor intitulada Tempo de amor, publicada pela editora Francisco Alves em 1960. Na antologia, a novela foi intitulada como O povo das Rocas. [fonte: índice da edição de 1960 de Tempo de amor]
Título em outros idiomas: | Gente delle Rocas (italiano) |
Braille: Em 1979 foi publicado a edição em braille (sistema de escrita tátil utilizado por pessoas cegas) pela editora Biblioteca Louis Braille, em 2 partes.
Dedicatória: A João Rocha, menino das Rocas, que me inspirou este livro, onde estiver. A Peregrino Júnior, Esmeraldo Siqueira, Djalma Marinho, Luiz da Câmara Cascudo, Murilo Melo Filho, Leonardo Bezerra, Ney Leandro, Umbelina de Siqueira Cavalcanti, Salvyano Cavalcanti de Paiva, "Cego Lula", Sanderson Negreiros, Renard Perez, Veríssimo de Mello, Talvani Guedes, Oswaldo Lamartine, Aldo Lins Marinho, Geraldo Serrano, Manuel Maria de Vasconcelos, Fernando Cabral, Newton Navarro.
Epigrafe: "Anda, meu filho: vai dizer baixinho | A esse povo do Mar, que é teu irmão, | Que não fraqueje nunca no caminho, | Que espere em pé o seu D. Sebastião." [Antônio Nobre — "O Esperado"] --- "Quem come cangulo cresce o caculo." [Ditado nordestino]
No final da narrativa, quando o personagem seu Geraldo lê no jornal A República os nomes dos estudantes aprovados pelo Colégio Ateneu Norte-Rio-Grandense, um dos nomes citados é do autor do livro: Homero Homem de Siqueira Cavalcanti. Os outros nomes lidos por seu Geraldo na "Relação dos Candidatos Aprovados no Exame de Admissão ao Ateneu Norte-Rio- Grandense", além de Homero Homem de Siqueira Cavalcanti e João Brás Bicudo (o protagonista do livro), foram: | Aécio Regalado Costa | | Alba Lins Marinho | Ana Teresa Cristina Fernandes | Anacreonte de Paiva Leite | Baroni Leitão Soares da Cunha | Benedito da Mota Wanderley | Filadélfia de Siqueira Cavalcanti | Filomena de Albuquerque Maranhão | Geraldo Negreiro Ramos Pinto | João Cabral da Cunha Fernandes Gurjão |
Na década de 1980, a série Vaga-Lume trazia uma sinopse da história no formato de histórias em quadrinhos na orelha do livro através do personagem Luminoso, o mascote da coleção. Tais quadrinhos eram assinados por Edu (Eduardo Carlos Pereira). Segue o texto da orelha de Cabra das Rocas:
Capítulos (19):
1 | A inscrição
2 | Rocas da Frente
3 | Um homem do mar
4 | As cinco partes do mundo
5 | A boca de Dora
6 | Rabicho
7 | A briga
8 | Xarias e canguleiros
9 | Papa-ovo
10 | A cerca
11 | Correio do mar
12 | Carnaval
13 | Azul e branco
14 | Tatu morrendo de medo
15 | O Chispa Humana
16 | Vintém ou tostão?
17 | Um dia muito especial
18 | Farda cáqui
19 | Cabra das Rocas
Nota: Na edição de 1960 (dentro do livro Tempo de amor), o capítulo 2 era intitulado como "O povo do Mangue". [fonte: índice da edição de 1960 de Tempo de amor]
Edições em outros países:
Citações:
- Em nossa cartilha de palavrões, xarias era o supremo xingamento. Designava o morador da Cidade Alta, urbano e próspero, comedor de xaréu, peixe proibido à fome humilde do povo das Rocas, que o arrancava do mar a ponta de anzol e ia vendê-lo no mercado da Cidade Alta. (...) Na boca dos xarias éramos assim canguleiros, comedores de cangulo.
- Mas, xarias ou canguleiros, que importavam as diferenças da sorte àqueles que morriam, em meio a uma poça de sangue, ao longo das calçadas? Importava, sim, que na vida como na morte o estigma de classe os desunia e diferençava.
- Seja canguleiro, João, acima de tudo canguleiro. Mas seja canguleiro estudando, aprendendo, indo para diante, como fazem os xarias lá do outro lado.
- Tive um choque. A pergunta de meu pai era uma resposta, um eco à minha ânsia de comunicação e extravasamento. Raro meu pai falar assim, encarando-me como igual. Era um homem entrincheirado em seu silêncio, um silêncio pesado como o resto de sua pessoa, difícil de romper.
- Vá dormir para acordar cedo, menino. Se tem mesmo que ser doutor, precisa ir se preparando.
- ÁTICA, Editora. Cabra das Rocas. Disponível em: Áticanet <http://www.atica.com.br/catalogo.asp?ISBN=850800673X>. Acesso em: 27/06/2004. [Internet Archive]
- HOMEM, Homero. Cabra das Rocas. São Paulo: Ática, 1999. [ Contracapa | Sumário | Dedicatória | Epígrafe | Citações ]
- HOMEM, Homero. Tempo de amor. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1960. [ Índice ]
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