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Ian Fleming: Chitty-Chitty-Bang-Bang: O carro mágico / O calhambeque voador / O calhambeque mágico / O calhambeque e os gangsters (1964-1965)

Fonte da imagem: Manhattan Rare Books

Chitty Chitty Bang Bang: The magical car é um livro infantil do escritor inglês Ian Fleming (1908-1964), publicado originalmente na Inglaterra pela editora Jonathan Cape em três volumes: Adventure Number 1 (22 de outubro de 1964), Adventure Number 2 (26 de novembro de 1964) e Adventure Number 3 (14 de janeiro de 1965). No Brasil, os três volumes foram lançados pela editora Expressão e Cultura na década de 1960 com o título Chitty-Chitty Bang-Bang e os subtítulos O calhambeque voador, O calhambeque mágico e O calhambeque e os gangsters. A partir de 1968, o três livrinhos passaram a ser publicados em volume único na Inglaterra, o que foi adotado nas edições do livro pelo mundo, inclusive no Brasil em uma edição lançado pela editora Galera Record em 2011: Chitty Chitty Bang Bang: O carro mágico. Inicialmente, o texto de Ian Fleming foi lançado em cinco capítulos no jornal Daily Express, durante uma semana, de 19 de outubro (segunda-feira) e 24 de outubro de 1964 (sexta-feira).

Ele consegue nadar. Ele consegue voar. Ele consegue até pensar sozinho... As aventuras completas do carro de corrida mais mágico que já cruzou os céus. O Comandante Caractacus Pott, sua mulher e seus dois filhos gêmeos não são uma família comum, e ninguém poderia esperar que eles tivessem um automóvel comum. Inspirado em um carro de corridas real construído em 1920 pelo Conde Zborowsky, Chitty Chitty Bang Bang é um carro mágico que consegue nadar, voar e até pensar sozinho. Quando os Potts se deparam com Joe, o monstro, e seu terrível bando, eles precisam desesperadamente de ajuda para combater a notória gangue de ladrões. É aí que Chitty Chitty Bang Bang entra em ação, guiando a família Pott por uma série de aventuras pelos céus, os mares e muito além! Repleta de humor, peripécias e parafernálias que só um gênio como Fleming poderia criar, a história se tornou um clássico para crianças e adultos de todas as idades... [fonte: Skoob]

O livro ganhou o prêmio Young Reader's Choice Award em 1967. Na década de 2010, o escritor inglês Frank Cottrell-Boyce (1959-) trouxe novas aventuras com Chitty-Chitty Bang-Bang em três novos livros: Chitty Chitty Bang Bang flies again (outubro de 2011), Chitty Chitty Bang Bang and the race against time (setembro de 2012) e Chitty Chitty Bang Bang over the moon (setembro de 2013). Nenhum dos títulos teve tradução publicada no Brasil.

Em dezembro de 1968 foi lançado nos cinemas o filme Chitty Chitty Bang Bang (no Brasil, O calhambeque mágico, lançado em janeiro de 1969), livremente baseado no romance infantil de Ian Fleming. Após o lançamento do filme, a editora inglesa Pan Books lançou uma romantização do roteiro do filme escrita por John Burke. Em 2002, o filme foi adaptado como peça teatral musical e exibida no teatro London Palladium, em Londres (Inglaterra), no período de abril de 2002 a setembro de 2005.

Chitty Chitty Bang Bang: The magical car foi o último livro escrito por Ian Fleming, além de ser o único infantil do escritor inglês criador do famoso personagem James Bond (007). Ele foi escrito especialmente para seu filho Caspar, já que Fleming costuma contar as histórias do carro mágico para o garoto à noite. O autor não viveu para vê-lo publicado. Ele faleceu em 12 de agosto de 1964, aos 54 anos, após um ataque cardíaco, na data do aniversário de 12 anos de seu filho. O livro só viria a ser publicado a partir de outubro daquele ano.

Paulo Bentancur: A máquina de brincar (2005)

A máquina de brincar. Paulo Bentancur. Editora Bertrand Brasil. Abril de 2005. ISBN: ISBN:85-286-1104-3. Capa de Os Figuras. Ilustrações de Os Figuras (estúdio).
A máquina de brincar é um livro de contos em formato de poemas do escritor brasileiro Paulo Bentancur (1957-2016), direcionado ao público infantojuvenil e publicado originalmente no Brasil em 2005 pela editora Bertrand Brasil. O livro contém 25 poemas e é dividido em duas parte: "Para ler no claro", com páginas brancas e poemas com personagens bons; e "Para ler no escuro", com páginas pretas e poemas com personagens maus, como bruxa e o diabo.

A máquina de brincar reúne 25 poemas para o público infanto-juvenil. De forma lúdica e engraçada, Paulo Bentancur escreve sobre o dia-a-dia infantil como se estivesse brincando com a meninada no parquinho ou no pátio da escola. Mas, como a realidade das crianças não é nada sem a imaginação, A máquina de brincar junta tudo o que se passa na frente dos olhos e dentro da cabeça desse pessoal pequeno. Tem mágicas, sustos, jogos e historinhas - de crianças, com crianças, para crianças. Escrevendo com muito cuidado e carinho, Bentancur prova que um poeta nunca deixa de ser um pouco moleque. [fonte: contracapa do livro]

A máquina de brincar. Paulo Bentancur. Editora Bertrand Brasil. Abril de 2005. ISBN: ISBN:85-286-1104-3. Capa de Os Figuras. Ilustrações de Os Figuras (estúdio).

A partir de 2014, A máquina de brincar passou a ser alvo de polêmica e boicote após uma mãe de aluna publicar um vídeo indignada com o conteúdo do livro, acusando o autor de incentivar o satanismo para crianças, devido a dois poemas da segunda parte: "O Diabo que me carregue" e "O que Deus nos deu". Sobre a polêmica, Paulo Bentancur disse: "Quis fazer um livro diferente. As crianças de hoje são inteligentes, gostam de suspense, de figuras lendárias. E qual o problema de brincar com Deus e o diabo? Não faço apologia ao demônio, apenas brinco com o lado bom e o lado mau das coisas. (...) Os pequenos sabem que existe esse mito em torno de Deus e do diabo. O que fiz foi jogar uma piada, de forma leve." [fonte: Jornal de Brasília, julho de 2014] "Nove anos depois de lançado e comprado pelo Governo de São Paulo para distribuição às bibliotecas públicas, meu livro A Máquina de Brincar (toda criança é uma “máquina”, um instrumento, um ser construído pela biologia a partir da qual brota a imaginação) vem recebendo, de uma hora para outra, de repente, como se se organizasse um movimento, e por causa de 2 poemas entre 25 (97% dos poemas “sem problemas”), sem mais nem menos, como se eu estivesse escrevendo sob uma ótica religiosa, quando nem religioso sou." [fonte: Pop Mundi, julho de 2014] "A explicação é a irreverência, o bom humor, nada além. Não tive o intuito de ofender nenhuma religião. Era para ser uma brincadeira aos olhos das crianças. Quis dar um ar divertido e humano a essas figuras religiosas. Não deixa de ser uma censura, porque o livro também fala sobre outras criaturas fantásticas." [fonte: IG, julho de 2014]

Paulo Bentancur: O morto que não encontrava o céu (2009)

O morto que não encontrava o céu. Paulo Bentancur. Editora WS Editor. Coleção Infanto-Juvenil. Abril de 2009. ISBN: 978-85-7599-099-5. Ilustrações de Nicole Dieter.
O morto que não encotrava o céu é um livro infantojuvenil de terror do escritor brasileiro Paulo Bentancur (1957-2016), direcionado para o público de 9 a 12 anos e publicado originalmente no Brasil em abril de 2009 pela editora WS Editor.

Fim de semana. Sábado e domingo com ótimas chances de dar em aventura. Felipe, um menino pra lá de curioso, sai a caminhar pelo bairro, o seu mundo particular e, também, o mundo de tanta gente que mora por ali ou não mora, mas costuma passar pelo lugar. Felipe gosta de um bom papo, não resiste a investigar cada detalhe da realidade. Mas... O que é a realidade? Ora, aquele cara que agora mesmo vem ali! Quem? Aquele sujeito! Rosto estranho. Modos estranhos. E Felipe, sem dar-se conta, foi parar perto demais do cemitério. Assim começa mais um livro infanto-juvenil de Paulo Bentancur, com a marca registrada do autor: uma sucessão de surpresas captura o personagem principal e seu gosto pelo risco. Bem, o bairro não é assim tão perigoso. Quer dizer, depende do dia, de quem aparece na nossa frente. Diante de Felipe surge um homem muito difícil de ser descrito. E que busca uma coisa que ninguém busca. Pelo menos ninguém que até aquele dia Felipe tenha conhecido. História de terror, com todos os sustos imagináveis e inimagináveis. E não bastasse o terror, tem o humor, muito humor. No mínimo para a gente rir de nervoso. Aquele encontro muda a vida de Felipe. Muda para sempre. Ele passa do susto inicial a sustos maiores. Até o susto derradeiro: não ter certeza se está... vivo! Agora a curiosidade - que nunca o abandona - precisa de uma aliada: a coragem. E mais que a coragem: a inteligência. Ele precisa bolar um plano para ajudar um novo amigo que se encontra numa situação bastante complicada. E ele ajuda. Se sai vivo dessa? Bem, só mesmo lendo o livro. [fonte: orelha do livro]

O morto que não encontrava o céu. Paulo Bentancur. Editora WS Editor. Coleção Infanto-Juvenil. Abril de 2009. ISBN: 978-85-7599-099-5. Ilustrações de Nicole Dieter.