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segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Paulo Bentancur: A máquina de brincar (2005)

A máquina de brincar. Paulo Bentancur. Editora Bertrand Brasil. Abril de 2005. ISBN: ISBN:85-286-1104-3. Capa de Os Figuras. Ilustrações de Os Figuras (estúdio).
A máquina de brincar é um livro de contos em formato de poemas do escritor brasileiro Paulo Bentancur (1957-2016), direcionado ao público infantojuvenil e publicado originalmente no Brasil em 2005 pela editora Bertrand Brasil. O livro contém 25 poemas e é dividido em duas parte: "Para ler no claro", com páginas brancas e poemas com personagens bons; e "Para ler no escuro", com páginas pretas e poemas com personagens maus, como bruxa e o diabo.

A máquina de brincar reúne 25 poemas para o público infanto-juvenil. De forma lúdica e engraçada, Paulo Bentancur escreve sobre o dia-a-dia infantil como se estivesse brincando com a meninada no parquinho ou no pátio da escola. Mas, como a realidade das crianças não é nada sem a imaginação, A máquina de brincar junta tudo o que se passa na frente dos olhos e dentro da cabeça desse pessoal pequeno. Tem mágicas, sustos, jogos e historinhas - de crianças, com crianças, para crianças. Escrevendo com muito cuidado e carinho, Bentancur prova que um poeta nunca deixa de ser um pouco moleque. [fonte: contracapa do livro]

A máquina de brincar. Paulo Bentancur. Editora Bertrand Brasil. Abril de 2005. ISBN: ISBN:85-286-1104-3. Capa de Os Figuras. Ilustrações de Os Figuras (estúdio).

A partir de 2014, A máquina de brincar passou a ser alvo de polêmica e boicote após uma mãe de aluna publicar um vídeo indignada com o conteúdo do livro, acusando o autor de incentivar o satanismo para crianças, devido a dois poemas da segunda parte: "O Diabo que me carregue" e "O que Deus nos deu". Sobre a polêmica, Paulo Bentancur disse: "Quis fazer um livro diferente. As crianças de hoje são inteligentes, gostam de suspense, de figuras lendárias. E qual o problema de brincar com Deus e o diabo? Não faço apologia ao demônio, apenas brinco com o lado bom e o lado mau das coisas. (...) Os pequenos sabem que existe esse mito em torno de Deus e do diabo. O que fiz foi jogar uma piada, de forma leve." [fonte: Jornal de Brasília, julho de 2014] "Nove anos depois de lançado e comprado pelo Governo de São Paulo para distribuição às bibliotecas públicas, meu livro A Máquina de Brincar (toda criança é uma “máquina”, um instrumento, um ser construído pela biologia a partir da qual brota a imaginação) vem recebendo, de uma hora para outra, de repente, como se se organizasse um movimento, e por causa de 2 poemas entre 25 (97% dos poemas “sem problemas”), sem mais nem menos, como se eu estivesse escrevendo sob uma ótica religiosa, quando nem religioso sou." [fonte: Pop Mundi, julho de 2014] "A explicação é a irreverência, o bom humor, nada além. Não tive o intuito de ofender nenhuma religião. Era para ser uma brincadeira aos olhos das crianças. Quis dar um ar divertido e humano a essas figuras religiosas. Não deixa de ser uma censura, porque o livro também fala sobre outras criaturas fantásticas." [fonte: IG, julho de 2014]

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