Odette de Barros Mott: O mercador de sonhos (1991)

O mercador de sonhos é uma novela histórica juvenil da escritora brasileira Odette de Barros Mott, publicado originalmente no Brasil em 1991 pela editora Moderna. | Álbum de Capas da Autora | 

No Brasil do Segundo Império, os ventos da libertação dos escravos pertubam o equilíbrio aristocrático das fazenda de café do Vale do Paraíba. Com toda a delicadeza, esta mestra do carinho nos traz a figura do mascate, o único elo de comunicação das fazendas com o mundo. É ele que faz chegar até as sinhazinhas as rendas de Paris; mas é também ele que leva notícias das outras fazendas, da metrópole, das cidades... E, junto com elas, cartas de amor... [fonte: contracapa, 1991, Moderna]

O mercador de sonhos | Odette de Barros Mott | Editora: Moderna | Coleção: Veredas | 1991-2002 | ISBN: 85-16-00470-8 | Capa: Roko (Rosnei Rocha) | Ilustrações: Roko (Rosnei Rocha) | Álbum de Capas da Coleção |

Outras informações:

Personagens (ELIAS, 2015): | Youssef (mascate libanês) | Ana | Petrônio | Ritinha (irmã de Ana) | coronel Severino (pai de Ana e Ritinha) | sinhá Generosa (mãe de Ana e Ritinha |  

Temas (ELIAS, 2015): | amor proibido | casamento arranjado | escravidão | Segundo Império do Brasil (1840-1889) | fazendas de café | Guerra do Paraguai (1864-1870) |

A narrativa se passa na segunda metade do século XIX, entre 1864 e 1873, na região do Vale do Paraíba, estado de São Paulo. A ação principal se passa na cidade de Bananal e nas fazendas Boa Vista, Três Pontes e Pau D'Arco. (ELIAS, 2015) 

Resumo (ELIAS, 2015): O mascate Youssef percorria as grandes fazendas do Vale do Paraíba com seus caixotes abarrotados de produtos que encantavam as filhas dos fazendeiros. Quando tinha informação de algum casamento acordado, lá estava o mascate para vender seus produtos. O casamento do momento era de Ritinha, filha mais velha do coronel Severino, que estava prometida ao tio, viúvo, pai de quatro filhos, homem bem mais velho do que a pretendente. Em visita a esta sinhazinha, Youssef aproveitou para entregar Ana, irmã mais nova de Ritinha, uma carta de Petrônio, rapaz apaixonado pela menina. O amor entre ambos era proibido devido a uma rivalidade entre os pais dos jovens, quando às causas abolicionistas. O mascate serviu de informante entre o casal, levando e trazendo alguns recados. Petrônio ficou seis anos ausente, combatendo na guerra do Paraguai. Ana permaneceu fiel ao rapaz, aguardando seu retorno. Após o termino da guerra, ele retornou à suas terras, agora mais adulto, condecorado e com atitudes opostas as do pai, quanto abolição. Com um ato corajoso, visita o pai de Ana e pede a mão da moça em casamento. Para a surpresa de Petrônio, coronel Severino considerou as atitudes positivas do rapaz, que herdara toda da fortuna do pai já morto, concedendo a mão da filha ao jovem fazendeiro. Youssef consegue montar uma loja na capital, traz do Líbano a mãe e noiva, e abandona a vida de mascate.

Fontes:

1. ELIAS, Leda Maria Sorgi Pinhaz. A narrativa de Odette de Barros Mott e a formação do subsistema juvenil na literatura brasileira. pp. 174-175. Dissertação (Mestrado em Letras: Estudos Literários). Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCH), Universidade Estadual de Maringá (UEM), Maringá-PR, 2015. Disponível em: <http://repositorio.uem.br:8080/jspui/bitstream/1/4032/1/000223475.pdf>. Acesso em: 06 junho 2020.
2. MOTT, Odette de Barros. O mercador de sonhos. São Paulo: Moderna, 1991. Contracapa (4ª Capa).

Por: Daniel Medeiros Padovani, publicado em 07 de junho de 2020.