Veridiana é uma professora recém-formada, que chega ao Bairro do Rincão, no Vale do Ribeira, para ensinar crianças e começar uma nova vida. Às voltas com os problemas de uma população carente, numa região de pouco desenvolvimento, aprende a lutar contra a miséria e a ignorância, contra a injustiça e a opressão. [fonte: contracapa, 1988, Atual] Ensinar a ler e a escrever seria mesmo tão primordial quando se desconhecem as regras básicas de sanidade? Quando as pessoas comem mal e o índice de mortalidade infantil é espantoso? [fonte: contracapa, 1984, Brasiliense]
Outras informações:
Personagens (ELIAS, 2015): Veridiana | Ladislau | doutora Martha (advogada) | Nica (aluna de Veridiana) | Benedita (enfermeira) | Jacinto (posseiro) | Pedro |
Temas (ELIAS, 2015): | vida cotidiana | solidariedade | educação | miséria | amor | posseiros |
Resumo (ELIAS, 2015): Veridiana perde a mãe ainda menina e é criada pela tia, madrinha. Consegue se formar professora e assume aulas no Bairro do Rincão, lugarejo muito pobre do Estado de São Paulo. Moça dedicada, além de se preocupar com as obrigações escolares, procura instruir o povo local sobre questões de higiene, saúde, alimentação, entre outros. Para tanto, cria um clube das mulheres, onde promove a criação de horta e trabalhos artesanais. Mais tarde, consegue organizar também o clube dos homens, que entre outros interesses dos posseiros, desejam aprender as letras, para não serem presas fáceis de homens mais instruídos. Conhece Ladislau, rapaz proprietário de um sítio da redondeza, e se apaixona por ele. Tudo ia bem, até que as terras do Vale do Rincão passaram a ser invadidas por homens munidos de armas de fogo, com intenção de expulsar os posseiros. Veridiana orienta os moradores a não agir com violência e propõe irem á cidade mais próxima à procura de um advogado. Contratam a Dr.ª Martha para cuidar dos interesses da comunidade, mas a justiça é lenta para o lado dos posseiros pobres. Veridiana e Ladislau se casam, ela engravida do esposo, mas nem tudo era tranquilo, pois a luta na justiça pela posse das terras continua. Numa manhã, Ladislau se depara com a lavoura de sua propriedade totalmente destruída. Veridiana é avisada e vai até o local, onde encontra o marido desnorteado. Ela, grávida de seis meses, pega sua pequena enxada e diz para o marido que eles reconstruirão tudo, usando a afirmação: “esta terra é nossa”.
Fontes:
- ELIAS, Leda Maria Sorgi Pinhaz. A narrativa de Odette de Barros Mott e a formação do subsistema juvenil na literatura brasileira. pp. 121-123. Dissertação (Mestrado em Letras: Estudos Literários). Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCH), Universidade Estadual de Maringá (UEM), Maringá-PR, 2015. Disponível em: <http://repositorio.uem.br:8080/jspui/bitstream/1/4032/1/000223475.pdf>. Acesso em: 06 junho 2020.
- MOTT, Odette de Barros. Esta terra é nossa. São Paulo: Brasiliense, 1982. Contracapa (4ª Capa).
- MOTT, Odette de Barros. Esta terra é nossa. São Paulo: Atual, 1988. Contracapa (4ª Capa).
Por: Daniel Medeiros Padovani, publicado em 07 de junho de 2020.
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