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Rosana Rios e Eliana Martins: Canção para chamar o vento

Canção para chamar o vento | Rosana Rios | Eliana Martins | Editora: Moderna | São Paulo-SP | Coleção: Girassol | 1995-2001 | ISBN: 85-16-01250-6 | Ilustrações: Cecília Iwashita |
Canção para chamar o vento é uma novela infantil das escritoras brasileira Rosana Rios e Eliana Martins, publicado originalmente no Brasil em 1995 pela editora Moderna. | Álbum de Capas da Autora: Rosana Rios | Álbum de Capas da Autora: Eliana Martins |

Uma história de fadas, reis e princesas. Que interesse tem isso para um menino de rua? Ele queria uma esmola, ganhou uma história. Pensava conseguir um sanduíche, ficou com um livro. De que lhe adianta aquilo, se não sabe ler? Mas, enquanto o homem conta a história para o menino de rua, e o rei tenta impedir que a princesa se apaixone pelo rapaz do povo, o Vento faz das suas, leva recados, abre portas, areja as ideias na cabeça dos personagens e dos leitores. Pois ele é o elo que une a ficção e a vida real, está presente dentro das histórias e no nosso mundo. E para chamar o Vento, basta cantar uma canção... [fonte: contracapa, 2004, Moderna] Dois mundos se entrelaçam com a ajuda do vento: o mundo da princesa que se apaixona por um rapaz comum e o do menino que vive na rua e só quer uns trocados. Ao ouvir a história do vento que movimenta as pás dos moinhos e leva recados e perfumes, algo muda dentro do menino. E ele descobre que pode sonhar. Um menino de rua pede um trocado, mas ganha uma maçã e uma boa história. Vai-se encantando com ela, deixando-se levar pelo amor de uma princesa e um rapaz comum. O vento está presente nos dois cenários: no reino de contos de fadas ele leva recados e perfumes; na cidade grande vela o sono dos meninos sob o viaduto. No final o homem que deu a maçã ao menino lhe entrega o livro, e ele, que nem sabe ler direito, guarda e protege o objeto como um tesouro. Além da história comovente, este livro mostra o poder da literatura e de uma boa história, ou a transformação que pode ocorrer quando alguém que precisa de atenção e de cuidado se humaniza na relação com outra pessoa. [fonte: Editora Duna Dueto]


Canção para chamar o vento | Rosana Rios | Eliana Martins | Editora: Duna Dueto | São Paulo-SP | Outubro 2017-atualmente (2021) | ISBN: 978-85-87306-59-3 | Capa: Rafa Anton | Ilustrações: Rafa Anton |
Canção para chamar o vento | Rosana Rios | Eliana Martins | Editora: Duna Dueto | São Paulo-SP | Outubro 2017-atualmente (2021) | ISBN: 978-85-87306-59-3 | Capa: Rafa Anton | Ilustrações: Rafa Anton |

Canção para chamar o vento | Rosana Rios | Eliana Martins | Editora: Moderna | São Paulo-SP | Coleção: Girassol | 2004 | ISBN: 85-16-03994-3 | Ilustrações: Cecília Iwashita |
Canção para chamar o vento | Rosana Rios | Eliana Martins | Editora: Moderna | São Paulo-SP | Coleção: Girassol | 2004 | ISBN: 85-16-03994-3 | Ilustrações: Cecília Iwashita | Álbum de Capas da Coleção

Canção para chamar o vento | Rosana Rios | Eliana Martins | Editora: Moderna | São Paulo-SP | Coleção: Girassol | 1995-2001 | ISBN: 85-16-01250-6 | Ilustrações: Cecília Iwashita |
Canção para chamar o vento | Rosana Rios | Eliana Martins | Editora: Moderna | São Paulo-SP | Coleção: Girassol | 1995-2001 | ISBN: 85-16-01250-6 | Ilustrações: Cecília Iwashita | Álbum de Capas da Coleção |
 
Outras informações:

Dedicatória: Para todos os meninos e meninas que vivem nas ruas e que provavelmente não lerão esse livro.

Resenha: (por Rosane Pamplona)
    Na praça da catedral, um menino de rua quer uma esmola. Um homem estranho lhe dá uma maçã e conta-lhe uma história de vento e de amor. Nesta, em um espaço e tempo muito longínquos, o Vento participa da vida cotidiana das pessoas, levando mensagens, fazendo moinhos funcionarem, secando as roupas no varal etc. A filha do rei do lugar sempre canta uma canção para o Vento. Certa ocasião, um rapaz do povo apaixona-se pela moça e é correspondido por ela. Quando o rei fica sabendo da paixão dos jovens, não a admite e enfurece-se ao saber que o Vento ajuda os enamorados. Por isso, prende-o num moinho velho feito de pedras. Sem o Vento, o reino fica triste e sem vida. Até que um dia, o rapaz consegue soltar o Vento. Com medo de vingança, o rei foge e, finalmente, o rapaz e a princesa casam-se. Quanto ao Vento, por não confiar mais nos seres humanos, deixou de levar as mensagens dos homens e os recados dos apaixonados.
    Quando acaba de ler a história, o homem dá o livro de presente para o garoto. Mais tarde, no frio da noite, mesmo sem saber ler, ele conta para seus companheiros de rua a história que ouviu, mostrando que a magia da ficção não tem fronteira.
    Há uma delicadeza comovente na relação do menino de rua com o homem que, juntos, se envolvem com a Canção para chamar o vento. O garoto, sem perceber, vai se interessando pelo encantamento de uma boa história. No livro, os dois ambientes narrativos se alternam. Em um espaço há a cidade, a torre da igreja, o homem, o menino, o banco da praça, a polícia, os outros meninos de rua, o viaduto, o vento. No outro, um reino, o vento, o rei, a princesa e o rapaz do povo, o amor de ambos, a proibição do pai e a ajuda do vento. No final, o menino de rua ganha o livro do homem. Ele não sabe ler, mas leva o presente. À noite, em meio à indiferença da cidade e de seus habitantes, embaixo do viaduto, uma fogueira, a igualdade de condição e o livro aquecem os jovens. O vento vela pelo sono deles.
    Dessa forma, as autoras do livro conseguem, corajosamente, tecer um fio que enlaça os dois mundos: o de crianças injustiçadas pela vida e o mundo da literatura. Ressignificam, assim, o desejo do que gostaríamos de alterar: a desumanização a que essas crianças estão sujeitas, em especial aproximando-as da arte e da literatura, como expressões humanas fundamentais. [fonte: Projeto de Leitura, Editora Moderna]

Fontes:

Por: Daniel Medeiros Padovani, publicado em 24 de janeiro de 2021.

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