Páginas

Jair Vitória: O outro apaixonado por Marília de Dirceu (2015)

Fichamento por: Daniel Medeiros Padovani, 17/9/2023.
O outro apaixonado por Marília de Dirceu é um romance histórico juvenil do escritor brasileiro Jair Vitória, publicado originalmente no Brasil em 2015 pela editora Atual. O contexto histórico da narrativa é a Inconfidência Mineira (1789), ocorrida na cidade de Vila Rica (atual Ouro Preto), na capitania de Minas Gerais. | Álbum de Capas do Autor |

Pedro Sião Alcantil, o Pedroco, um rico domador de cavalos, nutria um amor platônico por Maria Doroteia e planejava se declarar. Mas a chegada de um ouvidor e poeta português, o doutor Gonzaga, a Vila Rica atrapalhou todos os seus planos. A moça não resistiu e se apaixonou por aquele que fazia versos, que em sua poesia a chamava de Marília, enquanto ele era o seu Dirceu. Desesperado, sem conseguir tirar Maria Doroteia da cabeça, o que era amor virou obsessão. Pedroco queria vingança. Em "O outro apaixonado por Marília de Dirceu", Jair Vitória reconstrói a história imortalizada pelo poeta árcade Tomás Antônio Gonzaga, misturando à ficção acontecimentos, costumes e personagens da história do Brasil. Assim, viajamos à Ouro Preto da Inconfidência Mineira, da exploração do ouro, das igrejas e obras de Aleijadinho, das encenações teatrais e da poesia. [fonte: contracapa da edição de 2015, Atual]

O outro apaixonado por Marília de Dirceu | Jair Vitória | Editora: Atual | Coleção: Entre Linhas | Segmento: Sociedade | 2015 - 2023 |O outro apaixonado por Marília de Dirceu | Jair Vitória | Editora: Atual | Coleção: Entre Linhas | Segmento: Sociedade | 2015 - 2023 | Contracapa |
O outro apaixonado por Marília de Dirceu | Jair Vitória | Editora: Atual | Coleção: Entre Linhas | Segmento: Sociedade | 2015 - atualmente* | ISBN: 85-357-2000-6 | ISBN: 978-85-357-2000-6 | Capa: Caco Bressame (ilustração) | Capa: Homem de Melo (leiaute) | Ilustrações: Caco Bressame | Projeto Gráfico: Homem de Melo (Troia Design) | Dados Biográficos: O Autor | Conteúdo Adicional: Entrevista | Álbum de Capas da Coleção |
** Em setembro de 2023, foi verificado que o título constava no catálogo da editora. 

Outras informações:

Personagens:
| Pedro Sião Alcantil "Pedroco) | Maria Doroteia Joaquina de Seixas Brandão "Téia" (a "Marília do Dirceu") | Tomás Antônio Gonzaga (poeta, o "Dirceu") | Levínia | Aristarco "Ari" (pai de Pedroco) | dona Jovência (mãe de Pedroco) | Mariana (irmã de Pedroco) | João Mayrink (capitão, pai de Doroteia) | Silva Ferrão (tio de Doroteia) | Ana Ricarda (irmão de Doroteia ) | Janoto (empregado da fazenda de Aristarco) | Sabina "Vovó Sabença" (empregada da fazenda de Aristarco) | Jojó Juru "Couro de Onça" (jagunço) | Manoel Salviano (padre) | Ramiro Sião Alcantil "Nonhô Ramiro" (pai de Aristarco, falecido) | João Quinca (filho de Sabina, falecido) | Joaquim José da Silva Xavier "Tiradentes" (alferes) | mestre Lisboa "Aleijadinho" (escultor, Antônio Francisco Lisboa) | Cláudio Manuel da Costa (poeta) | Inácio José de Alvarenga Peixoto (poeta) | Rolim (padre, José da Silva de Oliveira Rolim) | Chamusco (cavalo de Pedroco) | Cigana (mula de Pedroco) | Maroto (cavalo) | 

Locais:
| Portugal (reino) | Brasil (colônia americana) | Minas Gerais (capitania) | Vila Rica (cidade) | Cascata (fazenda) "Cascata Bela" | Casa do Teatro | Pilar dos Nobres (igreja) | Rio de Janeiro (cidade) (capital da colônia) | Arraial do Tijuco (cidade) | Angola (colônia africana) |
Nota: Vila Rica, atualmente Ouro Preto. Arraial do Tijuco, atualmente Diamantina.

Premiação:
Selecionado, em 2016, na categoria "Reconto", para o Acervo Básico FNLIJ (Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil).
[fonte: site da editora Atual]

Dedicatória:
Aos meus filhos: Lucilene, Larissa e Juliano, e esposa: Maria Anunciada.
[fonte: dedicatória da edição de 2015, Atual]

Conteúdo:
O livro é dividido em 9 capítulos.
1 | Sementes de uma paixão
2 | Emoções
3 | Sarau
4 | A trama de um negócio
5 | Esperança criminosa
6 | O avesso do coração 
7 | No segredo de uma revolução planejada
8 | Era uma vez o sonho da revolução
9 | Razão, ainda que tardia
[fonte: sumário da edição de 2015, Atual]

Inconfidência Mineira:
    A Inconfidência Mineira, ou Conjuração Mineira, foi uma tentativa de revolta abortada pelo governo em 1789, em pleno ciclo do ouro, na então capitania de Minas Gerais, no Brasil, contra, entre outros motivos, a execução da derrama e o domínio português. 
    Neste  período, era grande a extração de ouro, principalmente na região de Minas Gerais. Os brasileiros que encontravam ouro deviam pagar o quinto, ou seja, vinte por cento de todo ouro encontrado acabava nos cofres portugueses. 
    Com a grande exploração, o ouro começou a diminuir nas minas. Mesmo assim as autoridades portuguesas não diminuíam as cobranças. Nesta época, Portugal criou a Derrama. Esta funcionava da seguinte forma: cada região de exploração de ouro deveria pagar 100 arrobas de ouro (1500 quilos) por ano para a metrópole. Quando a região não conseguia cumprir estas exigências, soldados da coroa entravam nas casas das famílias para retirarem os pertences até completar o valor devido. 
    Todas estas atitudes foram provocando uma insatisfação muito grande no povo e, principalmente, nos fazendeiros rurais e donos de minas que queriam pagar menos impostos e ter mais participação na vida política do país. Alguns membros da elite brasileira (intelectuais, fazendeiros, militares e donos de minas), influenciados pela ideias de liberdade que vinham do iluminismo europeu, começaram a se reunir para buscar uma solução definitiva para o problema: a conquista da independência do Brasil. 
    O grupo, liderado pelo alferes Joaquim José da Silva Xavier, conhecido por Tiradentes, era formado pelos poetas Tomás Antônio Gonzaga e Cláudio Manuel da Costa, o dono de mina Inácio de Alvarenga, o padre Rolim, entre outros representantes da elite mineira. A ideia do grupo era conquistar a liberdade definitiva e implantar o sistema de governo republicano em nosso país. Sobre a questão da escravidão, o grupo não possuía uma posição definida. Estes inconfidentes chegaram a definir até mesmo uma nova bandeira para o Brasil. Ela seria composta por um triangulo vermelho num fundo branco, com a inscrição em latim: Libertas Quae Sera Tamen (Liberdade ainda que tardia). 
[fonte: site Só História]

Marília de Dirceu
    Marília de Dirceu é a obra mais emblemática do poeta luso-brasileiro Tomás Antônio Gonzaga. Trata-se de um longo poema lírico que foi publicado em Lisboa, a partir de 1792. 
    De caráter autobiográfico, Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810) escreveu essa obra inspirado na sua própria história de amor. Conheceu sua musa inspiradora quando estava morando e trabalhando como Ouvidor Geral na cidade de Ouro Preto, Minas Gerais. Seu nome era Maria Doroteia Joaquina de Seixas Brandão. 
    Chegaram a ficar noivos, entretanto, Tomás foi acusado de conspiração, uma vez que estava envolvido com o movimento da Inconfidência Mineira. Sendo assim, ele foi preso e exilado na África, se afastando de sua amada. Nesse tempo, escreveu a obra que o consagraria. 
    A obra está dividida em três partes, com um total de 80 liras e 13 sonetos: Primeira parte: composta por 33 liras que foram publicadas em 1792; Segunda parte: composta por 38 liras que foram publicadas em 1799; Terceira parte: composta por 9 liras e 13 sonetos que foram publicadas em 1812. Os protagonistas da história são os pastores de ovelhas: Marília e Dirceu. 
[fonte: site Toda Matéria]

Fontes:

Nenhum comentário:

Postar um comentário