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Giselda Laporta Nicolelis: Da cor do azeviche (1984) / Amor não tem cor (2002)

Da cor do azeviche é uma novela juvenil da escritora brasileira Giselda Laporta Nicolelis, publicado originalmente em 1984 pela editora Salamandra. Em 2002, o livro foi republicado pela editora FTD com um novo título: Amor não tem cor. Entre os temas abordados no livro estão: autorracismo, miscigenação, adoção, preconceito racial, processo de adoção no Brasil, vida em orfanatos, 

Marijane, casada há vários anos, na impossibilidade de ter filhos, decide adotar uma criança, um menino, de cor parda. Seu desejo vai contra o de seu marido, que, apesar de mulato, só concorda com a adoção de uma menina loira e de olhos azuis. Esta história retrata a mistura de sentimentos que afloram quando os casais decidem adotar uma criança. A preferência do marido de Marijane coincide com a da maioria dos casais adotantes no Brasil. Giselda Laporta aborda o preconceito racial que ocorre durante o processo de adoção de uma criança de pele escura que vive em uma instituição de São Paulo, instigando o leitor a refletir sobre a adoção e tudo o que ela envolve: rejeição, preconceito, aceitação e como lidar com o novo, com o semelhante, com o desigual. [fonte: site da editora]


Amor não tem cor. Giselda Laporta Nicolelis. Editora FTD. Série Espelhos. 2002 (1ª edição). ISBN: 85-322-4834-9. Ilustrações de Lúcia Brandão.Amor não tem cor. Giselda Laporta Nicolelis. Editora FTD. Série Espelhos. 2002 (1ª edição). ISBN: 85-322-4834-9. Ilustrações de Lúcia Brandão.
Amor não tem cor. Giselda Laporta Nicolelis. Editora FTD. Série Espelhos. 2002 (1ª edição). ISBN: 85-322-4834-9. Ilustrações de Lúcia Brandão. Contém o anexo "Como funciona a adoção no Brasil". Edição revisada de Da cor do azeviche (1984).

Da cor do azeviche. Giselda Laporta Nicolelis. Editora Salamandra. 1984 (1ª e 2ª edição). Capa e contracapa de Edu (Eduardo Carlos Pereira). Ilustrações de Edu. A primeira edição foi publicada em convênio com o Instituto Nacional do Livro (INL), através da Fundação Nacional Pró-Memória.Da cor do azeviche. Giselda Laporta Nicolelis. Editora Salamandra. 1984 (1ª e 2ª edição). Capa e contracapa de Edu (Eduardo Carlos Pereira). Ilustrações de Edu. A primeira edição foi publicada em convênio com o Instituto Nacional do Livro (INL), através da Fundação Nacional Pró-Memória.
Da cor do azeviche. Giselda Laporta Nicolelis. Editora Salamandra. 1984 (1ª e 2ª edição). Capa e contracapa de Edu (Eduardo Carlos Pereira). Ilustrações de Edu (Eduardo Carlos Pereira). A primeira edição foi publicada em convênio com o Instituto Nacional do Livro (INL), através da Fundação Nacional Pró-Memória.


Outras informações:

Azeviche ou âmbar negro é um "mineral muito negro, tão duro e uniforme que pode ser esculpido e polido de modo a parecer vidro, muito utilizado na fabricação de botões e bijuterias". [fonte: Dicio]

A contracapa da edição de 2002 trazia o seguinte texto: Lá está ele: de pé no berço, a lágrima escorrendo pelo rosto... um garoto pardo, quase três anos de idade - um entre milhares de crianças e adolescentes que esperam, nos abrigos brasileiros, pela chance de ser adotados e ter um lar. O olhar de Marijane cruza com o olhar de Deusdado. Ela sente o coração mudar de ritmo: é ele o filho tão desejado! Mas Jefferson, seu marido, não concorda: ele quer adotar uma menina recém-nascida, branca, loira de olhos azuis. Por que Jefferson é tão inflexível? Afinal nem ele tem o fenótipo que exige para sua filha, pois é moreno. Através dessa recusa, Jefferson tenta esconder algum segredo de Marijane? Ou, pior que isso, não aceita a si próprio, envergonhado de sua origem étnica? 

Personagens: Marijane, Jefferson (esposo de Marijane), Laura (mãe de Marijane), Fábio (pai de Marijane), dona Rosa (mãe de Jefferson), pai de Jefferson, doutor Otávio, Deusdado (menino órfão), dona Mercedes (avó de Jefferson), seu Jorge (avô de Jefferson), dona Carolina (avó de Marijane), Daniel (neto de Otávio), Zuleide, doutor Alberto (gerente do banco), Mário (colega de Jefferson), Felícia, dona Dalva, doutor Pantei (pediatra), Luciana (professora), Salma (diretora), Marcelo (aluno), Carolina (filha de Marijane e Jefferson), servente, vigia, office-boys, idosa, funcionária do banco, namorada de de Mário, esposa de doutor Otávio, freguesa de dona Mercedes, crianças do orfanato, gerente da loja, motorista de dona Carolina.

Segundo Batista (2018), algumas diferenças entre Da cor do azeviche e Amor não tem cor são: "mudança dos verbos no pretérito perfeito para o presente do indicativo; inversões de falas, que antes haviam sido proferidas por determinadas personagens e que na reescrita foram ditas por outras; atualização de palavras: autopreconceito foi trocada por autorracismo, biruta por endoidou, orfanato por abrigo; há mais intromissões do narrador nos diálogos das personagens na reescrita; são deslocadas  e suprimidas frases e/ou partes do texto, como também há o acréscimo de informações". 

Fontes:

BATISTA, Valdirene Barboza de Araújo. A jornada do herói nas narrativas juvenis de Giselda Laporta Nicolelis. Tese (Tese de doutorado em Literatura e Vida Social). Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Ciências e Letras. Assis, 2018, p. 419-421. Disponível em: <http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/dissertacoes_teses/tese_valdirene_barboza_araujo_batista.pdf>. Acesso em: 29 jul 2019.

DICIO (Dicionário Online de Português. Azeviche. Disponível em: <https://www.dicio.com.br/azeviche/>. Aceeso em: 29 jul 2019.

FTD Educação. Amor não tem cor. Disponível em: <https://ftd.com.br/detalhes/?id=3153>. Acesso em: 29 jul 2019.

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