Fichamento por: Daniel Medeiros Padovani, 27/03/2021.
A aldeia sagrada é um romance histórico juvenil do escritor brasileiro Francisco Marins, publicado originalmente no Brasil em novembro de 1953 pela editora Melhoramentos. | Álbum de Capas do Autor |
Uma seca terrível assola o sertão. Didico anda à toa pela caatinga, tentando sobreviver. Mas ele terá de enfrentar o fogo de uma guerra terrível. Estamos em 1897: os homens de Antônio Conselheiro estão dispostos a tudo, defendendo-se dos ataques dos militares. Acompanhe a jornada de Didico e seu companheiro Juviara ao interior da Aldeia Sagrada, e descubra um dos episódios mais dramáticos da História do Brasil: a Guerra de Canudos. [fonte: contracapa da edição de 1999]
A aldeia sagrada | Francisco Marins | Editora: Ática | Coleção: Vaga-Lume | 2016 - atualmente (2021) | ISBN: 978-85-08-17350-1 | Capa: Marcelo Martinez, sobre ilustração de Nelson Reis | Projeto Gráfico: Marcelo Martinez | Prefácio: autor não identificado (Entre a guerra e a seca, sob fogo cruzado) | Álbum de Capas da Coleção |
Edições: | 35ª (2016-2021) |
A aldeia sagrada | Edição Especial* | Francisco Marins | Editora: Ática | Coleção: Vaga-Lume | Outubro 2015 | ISBN: 978-85-08-17350-1 | Capa: Marcelo Martinez, sobre ilustração de Nelson Reis | Projeto Gráfico: Marcelo Martinez | Prefácio: autor não identificado (Entre a guerra e a seca, sob fogo cruzado) | Álbum de Capas da Coleção |
Edições: | 35ª (2015) |
*Edição Especial de Aniversário de 50 anos da editora Ática, com capa e contracapa que brilha no escuro.
A aldeia sagrada | Francisco Marins | Editora: Ática | Coleção: Vaga-Lume | 1999 - 2010 | ISBN: 85-08-0445-3 (1999-2006) | ISBN: 978-85-08-04445-0 (2007-2010) | Capa: Nelson Reis (ilustração) | Ilustrações: Oswaldo Storni | Projeto Gráfico: Ary Almeida Normanha | Prefácio: autor não identificado (Entre a guerra e a seca, sob fogo cruzado) | Conteúdo Adicional: Suplemento de Trabalho (por Ana Lúcia de O. Brandão) | Álbum de Capas da Coleção |
Edições: | 33ª (1999) | 34ª (2000-2010) |
A aldeia sagrada | Francisco Marins | Editora: Ática | Coleção: Vaga-Lume | 1993 - 1998 | ISBN: 85-08-04445-3 (aluno) | ISBN: 85-08-06751-8 (professor) | Capa: Nelson Reis (ilustração) | Ilustrações: Oswaldo Storni | Projeto Gráfico: Ary Almeida Normanha | Prefácio: autor não identificado (Uma história de guerra, emoção e muitas aventuras) | Conteúdo Adicional: Suplemento de Trabalho (por Ana Lúcia de O. Brandão) | Álbum de Capas da Coleção |
Edições: | 31ª (1993) | 32ª (1998) |
Edições: | 25ª (1986) | 26ª (1987) | 27ª (-) | 28ª (-) | 29ª (-) | 30º (1990) |
A aldeia sagrada | Francisco Marins | Editora: Melhoramentos | Coleção: Comunicação | 1982 - 1984 | Capa: - | Ilustrações: Oswaldo Storni | Projeto Gráfico: - | Álbum de Capas da Coleção |
Edições: | 21ª (1982) | 22ª (1983) | 23ª (1984) |
Edições: | 10ª (1969) | 11ª (1970) | 12ª (1971) | 13ª (1973) | 14ª (1973) | 15º (1974) | 16º (1976) | 17ª (1977) | 18ª (1978) | 19ª (1979) | 20ª (1980) |
Nota: A edição de 1973 foi publicada em parceria com o Ministério da Educação e Cultura (MEC).
A aldeia sagrada | Francisco Marins | Editora: Melhoramentos | Coleção: Francisco Marins | Volume: 7 | 1960 - 1968 | Capa: - | Ilustrações: Oswaldo Storni | Projeto Gráfico: - | Álbum de Capas da Coleção |
Edições: | 4ª (1960) | 5ª (1962) | 6ª (1964) | 7ª (1966) | 8ª (1967) | 9º (1968) |
Edições: | 1ª (1953) | 2ª (1955) | 3ª (1957) |
Outras informações:
Personagens: | Didico (menino de 12 anos) | Nhô Chico "Chico-Vira-Mundo" (padrinho de Didico) | Donana (madrinha de Didico) | Nhô Juviara (líder dos retirante) | esposa de Juviara | Zico (filho de Juviara) | Mada (filha de Juviara) | Miguelão (retirante) | retirantes | Carimbamba (líder dos cangaceiros) | cangaceiros | Antônio Conselheiro (beato) [Antônio Vicente Mendes Maciel] | sertanejos | soldados federais | jagunços | Moreira César (coronel) | Antônio Beato "Beatinho" (conhecido de Nhô Chico) | Domingão (vizinho de Nhô Chico) | cavaleiro | Coronel Fidêncio (fazendeiro) | Nhô Tico Leite (fazendeiro)| vigário | Virgílio Ribeirão (pai falecido de Didico) | Barnabé (caboclo) [Barnabé Correia] | Dominguinho (menino que encontrou o meteorito em 1784) [Domingos da Mota Botelho] | Nhô Quim Botelho (pai de Dominguinho) | Dom Rodrigo Meneses (governador da Bahia em 1785) | Joaquim Mocambira (líder dos jagunços) | Quinzinho (menino de Canudos) | Mundéu (menino de Canudos) | Lacraia (menino de Canudos) | Quicé (menino de Canudos) | Frangote (menino de Candos) | Pajeú (líder guerrilheiro) | João Abade (líder guerrilheiro) | Joaquim Macambira (guerrilheiro) | João Grande (guerilheiro) | Pedrão (guerrilheiro) | Moreira César (comandante dos soldados) | Tamarindo (comandante dos soldados) | Emanoel (tenente) | violeiros | funcionário do Instituto | Euclides da Cunha (jornalista) | Tiguera (cachorro de Didico) | Pomboca (boi de Nhô Chico) |
Locais: | Brasil (país) | Bahia (estado) | sertão nordestino | casa de Didico | Corumbê (sítio) | Canudos (arraial) | Monte Santo (vila) | Belo Monte (fazenda) | Vaza-Barris (rio) | Chapadão (fazenda) | Cumbe (freguesia) | Jeremoabo (vila) | Uauá (povoado) | Jacobina (cidade) | Itabaiana (cidade) | Bom Jesus (vila) | Queimadas (vila) | Juazeiro (cidade) | Salvador (cidade) | Cambaio (serra) | Rancho das Pedras (fazenda) | Quixeramobim (vila cearense onde nasceu Antônio Conselheiro) | Sobral (cidade cearense onde Antônio Conselheiro morou) | Crato (cidade cearense onde Antônio Conselheiro morou) | casinholo de Barnabé | Bendengó (riacho) | Ipuera de João Venâncio (lagoa) | Acaru (serra) | Jacurici (estação de trem) | Alagoinhas (cidade) | Rio de Janeiro (cidade carioca) | Museu Nacional (no Rio de Janeiro) | Aracaju (cidade sergipana) | Caldeirão (estrada) | Instituto | Juá (vila) | Juetê (vila) |
Premiações: | Ganhador em 1954 do Prêmio Carlos de Laet (crônicas e viagens) da Academia Brasileira de Letras (ABL) |
Dedicatória: Este livro é para o Marcos [fonte: edição de 1999]
Epígrafe [fonte: edição de 1999]:
" Era o lugar sagrado, cingido de montanhas..."
"A sua topografia interessante modelava-o ante a imaginação daquelas gentes simples como o primeiro degrau, amplíssimo e alto, para os céus..."
"...e desaparecendo depois, rápidos precipitando-se para a aldeia sagrada."
(Euclides da Cunha, Os Sertões)
Títulos em outros países: | A aldeia sagrada (Portugal) |
Temáticas: O contexto histórico da obra é a Guerra de Canudos (1896-1897), conflito armado que envolveu o Exército Brasileiro e membros da comunidade sociorreligiosa liderada por Antônio Conselheiro, em Canudos, no interior do estado da Bahia, que resultou na destruição da comunidade e a morte da maior parte dos 25.000 habitantes de Canudos [fonte: Wikipédia.pt]. Outros temas abordados na narrativa são a situação precária de vida no sertão nordestino nos períodos de seca; o movimento do Cangaço, fenômeno do banditismo, crimes e violência ocorrido em quase todo o sertão do Nordeste do Brasil, entre o século XVIII e meados do século XX [fonte: Wikipédia.pt]; o movimento migratório dos retirantes, termo que se refere à pessoa ou grupo que abandona a sua terra por causa da seca e da miséria em busca de uma localidade que lhe dê melhores condições de vida [fonte: Wikipédia.pt]; o transporte do Meteorito do Bendengó, que foi encontrado em 1784 no sertão do estado da Bahia, região da atual cidade de Monte Santo [fonte: Wikipédia.pt]; miséria do sertanejo; justiça social; latifúndios; Caatinga (bioma do sertão nordestino); entre outros temas.
Contexto Histórico: Guerra de Canudos, Revolução de Canudos ou Insurreição de Canudos, foi o confronto entre um movimento popular de fundo sociorreligioso e o Exército da República, que durou de 1896 a 1897, na então comunidade de Canudos, no interior do estado da Bahia, no Brasil. (...) Canudos era uma pequena aldeia que surgiu durante o século 18 às margens do rio Vaza-Barris. Com a chegada de Antônio Conselheiro em 1893 passou a crescer vertiginosamente, em poucos anos chegando a contar por volta de 25 000 habitantes. Antônio Conselheiro rebatizou o local de Belo Monte, apesar de estar situado num vale, entre colinas. (...) A situação na região, à época, era muito precária devido às secas, à fome, à pobreza e à violência social. Esse quadro, somado à elevada religiosidade dos sertanejos, deflagrou uma série de distúrbios sociais, os quais, diante da incapacidade dos poderes constituídos em debelá-los, conduziram a um conflito de maiores proporções. (...) Aos poucos, construiu-se em torno de Antônio Conselheiro e seus adeptos uma imagem equivocada de que todos eram "perigosos monarquistas" a serviço de potências estrangeiras, querendo restaurar no país o regime imperial, devido, entre outros ao fato de o Exército Brasileiro sair derrotado em três expedições (...) A derrota das tropas do Exército nas primeiras expedições contra o povoado apavorou o país, e deu legitimidade para a perpetração deste massacre que culminou com a morte de mais de seis mil sertanejos. Todas as casas foram queimadas e destruídas. [fonte: Só História]
Francisco Marins voltou a tratar a Guerra de Canudos em outro livro voltado para o público juvenil, o paradidático A Guerra de Canudos, publicado em 1987 pela editora Ática em sua coleção O Cotidiano da História.
Prefácio: Entre a guerra e a seca, sob fogo cruzado (autor não mencionado)
Não é de hoje que a seca representa um grande problema para quem vive no sertão do Nordeste. O personagem principal desta história - Didico, um menino de 12 anos - vai enfrentá-la em 1897. Para escapar à miséria que a falta de água ocasiona, ele perambula pelo interior da Bahia e acaba por viver uma incrível aventura.
Nessa época, a região é o palco de uma guerra terrível. O beato Antônio Conselheiro, reunido com seus fiéis no povoado de Canudos, está sendo atacado pelo Exército, sob a acusação de liderar um movimento contra a República recém-proclamada. Em meio ao fogo das batalhas, Didico precisa encontrar seu padrinho e, naturalmente, sobreviver.
Acompanhe a trajetória desse menino corajoso e conheça um dos episódios mais emocionantes da história do Brasil. Boa leitura!
[fonte: prefácio da edição de 1999]
Sumário (32 capítulos em 3 partes) [fonte: edição de 1999]:
- 1ª Parte: A seca | Antônio Conselheiro | A cacimba | Confidências | Prova de Santa Luzia | O fim de Pomboca | O fim de Donana | Adeus à terra
- 2ª Parte: Caminhadas no sertão | Companheiros de jornada | Aventura noturna | Dias de marcha | Má notícia | O profeta | Monte Santo
- 3ª Parte: A guerra dos jagunços | Terríveis acontecimentos [na 1ª edição: Terríveis acontecimentos no sertão] | A luta continua | Novos acontecimentos | Peregrinações do Conselheiro | No casinholo de Barnabé | Dias difíceis para Canudos [na 1ª edição: A verdade sobre Canudos] | O transporte do Bendegó | A medalhinha [na 1ª edição: A quarta expedição] | Duras caminhadas [na 1ª edição: Em marcha para Canudos] | Encontro com padrinho | O "beija" das imagens | Prisioneiros | Princípio do cerco | O ataque ao canhão [na 1ª edição: O rapazola e o canhão] | Dias de angústia | Estranha rendição | Depois da luta... | Surpresa e recompensa [na 1ª edição: Surpresa] | A terra natal |
Edições em outros países:
Portugal | A aldeia sagrada | Francisco Marins | Editora: Meridiano | 1969 | Capa: - | Ilustrações: Oswaldo Storni |
Fontes:
- COLETIVO LEITOR. A aldeia sagrada. Disponível em: <https://www.coletivoleitor.com.br/nossos-livros/a-aldeia-sagrada/>. Acesso em: 27 março 2021. [Internet Archive]
- MARINS, Francisco. A aldeia sagrada. São Paulo: Ática, 1999. [ Contracapa | Prefácio | Sumário | Dedicatória | Epígrafe ]
- SÓ HISTÓRIA. Guerra dos Canudos. Disponível em: <http://www.sohistoria.com.br/ef2/canudos/>. Acesso em: 27 março 2021. [Internet Archive]
- WIKIPÉDIA.pt. Antônio Conselheiro. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B4nio_Conselheiro>. Acesso em 27 março 2021. [Internet Archive]
- WIKIPÉDIA.pt. Caatinga. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Caatinga>. Acesso em: 27 março 2021. [Internet Archive]
- WIKIPÉDIA.pt. Cangaço. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Canga%C3%A7o>. Acesso em: 27 março 2021. [Internet Archive]
- WIKIPÉDIA.pt. Guerra de Canudos. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_de_Canudos>. Acesso em: 27 março 2021. [Internet Archive]
- WIKIPÉDIA.pt. Meteorito do Bendegó. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Meteorito_do_Bendeg%C3%B3>. Acesso em: 27 março 2021. [Internet Archive]
- WIKIPÉDIA.pt. Retirante. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Retirante>. Acesso em: 27 março 2021. [Internet Archive]
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