Tudo começou em 2001 com Mariana Zahar, neta de Jorge Zahar.
Mas vamos voltar um pouco mais no tempo. Em 1956 foi fundada no Rio de Janeiro a Zahar Editores, pelos irmãos Lucien, Jorge e Ernesto Zahar. A editora foi inaugurada oficialmente no ano seguinte, em 1957, tornando-se a pioneira no Brasil na publicação de livros de ciências humanas e sociais (história, filosofia, antropologia, sociologia, psicanálise, entre outras). A sociedade se dissolveu na década de 1970.
Cerca de trinta anos depois, em janeiro de 1985, Jorge Zahar, aos 65 anos de idade, fundou a Jorge Zahar Editor, junto com os filhos Jorge Júnior e Ana Cristina, mantendo na nova editora a mesma linha editorial da antiga Zahar Editores. Em 2007, a Jorge Zahar Editor abriu seu catálogo para obras de interesse em geral, o que permitiu publicações na área de música, cinema, teatro, televisão, entre outras. Em 2010, a editora passou a operar debaixo do nome Zahar.
Mas voltemos para 2001. Mariana Zahar sempre foi aficionada pela personagem Alice, do clássico Alice no País das Maravilhas, do escritor inglês Lewis Carroll (1832-1898). Desde criança ela coleciona edições, cartões ou qualquer outra coisa que ela encontra sobre a personagem. O desejo dela era ver uma edição de Alice ser publicada pela editora de sua família. Mas como isso seria possível, ja que a editora não publicava ficção? Em 2001, já trabalhando a 10 anos na editora, ela tomou coragem e propôs para o conselho editorial que fosse publicado uma tradução da edição comentada por Martin Gardner (The annotated Alice - 1960, e More annotated Alice - 1990, reunidas em 1998). Esses comentários dava um ar de não ficção a obra, o que convenceu o conselho.
A tradução de Maria Luiza X. de A. Borges tornou-se um grande sucesso premiado, dando à tradutora o Jabuti de 2002 de Melhor Tradução. O sucesso abriu as portas para que outras edições comentadas de grandes clássicos da literatura mundial fossem traduzidas e publicadas, como por exemplo, as obras completas de Sherlock Holmes e Contos de Fadas. Com o livro O conde de Monte Cristo, do escritor francês Alexandre Dumas (1802-1870), a editora decidiu criar edições comentadas exclusivas, e nesse primeiro lançamento os responsáveis pelos comentários foram André Telles e Rodrigo Lacerda.
E assim surgiu a consagrada coleção CLÁSSICOS ZAHAR, dirigida por Rodrigo Lacerda. Com suas edições comentadas, em capa dura e belíssimo tratamento gráfico, a coleção já conta com mais de 30 títulos no catálogo. Além disso, em 2010, a editora lançou novamente Alice (que inclui os dois livros da personagem) em edição de bolso, ainda em capa dura mas sem os comentários. A edição novamente foi um sucesso de vendas e isso abriu espaço para que outras obras da coleção também passasse a ser lançadas no formato de bolso.
Nota: Jorge Zahar faleceu na noite de 11 de junho de 1998, no hospital Pró-Cardíaco no Rio de Janeiro, devido a uma endocardite bacteriana.
Fontes para o texto introdutório:
- Wikipédia pt. Jorge Zahar. Disponível em:<https://pt.wikipedia.org/wiki/Jorge_Zahar>. Acesso em: 13 out 2017.
- Wikipédia pt. Zahar (editora). Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Zahar_(editora)>. Acesso em: 13 out 2017.
- Zahar. Zahar, a tradição que se renova. Disponível em: <http://www.zahar.com.br/apresentacao/editora>. Acesso em: 13 out 2017.
- Zahar. Perfil Jorge Zahar. Disponível em: <http://www.zahar.com.br/apresentacao/sobre-o-fundador>. Acesso em: 13 out 2017.
- ZAHAR, Mariana. Uma visita de Alice à Zahar, 21 jul 2015. Disponível em: <http://www.zahar.com.br/blog/post/uma-visita-de-alice-zahar>. Acesso em: 13 out 2013.
Para as informações dos livros da coleção que serão mencionados nessa postagem a partir de agora, foram utilizadas as páginas eletrônicas dos livros na página da editora (www.zahar.com.br) e serão mencionadas assim que utilizadas. Sempre que um dos volumes da coleção já tiver o lançamento no formato de bolso serão mostradas as duas capas (primeiro a edição comentada e depois, à direita, a capa da versão bolso luxo). Os livros serão mencionados obedecendo a ordem alfabética dos títulos.